Corpo Pineal

As funções do organismo animal são reguladas por dois sistemas principais:

  • o nervoso e o hormonal
  • o endócrino.

O endócrino, é constítuido por várias glândulas que segregam hormónios que significam estímulo. Estes são lançados na circulação sanguínea. As glândulas endócrinas são:

  • Pâncreas, paratiróides, epífise ou pinese, pituitária ou hipófise, tiróide, adrenais ou supra-renais e sexuais (ovários e testículos).
  • A Epífise, glândula de forma piriforme é um corpo ovóide, com as dimensões de uma ervilha mediana e repousa sobre o tecto mesencefálico.

OBS: Descartes considerava a glândula pineal “a sede da alma”.

Em “Missionários da Luz”, cap.II, André Luiz, nos diz o seguinte:

“O médium quando observado em serviço mediúnico, essa glândula se transforma em núcleo radiante e, em derredor, seus raios formam um lótus de pétalas sublimes”.

Relembra ainda que, segundo os “orientadores clássicos terrestres”, as funções da epífise circunscreviam-se ao controle sexual, no período infantil, velador dos instintos até uma certa idade em que a actividade sexual pudesse deslizar com regularidade. Aí decrescia em força, relaxa-se, quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena.

Diz ainda:

“Não se trata de orgão morto. É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do Homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre”.

E continua:

“Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo. Entretanto, há que rectificar observações. Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no Homem reencarnado. O que representa controle é fonte criadora e válvula de escape.

A glândula pineal reajusta-se ao conceito orgânico e reabre seus Mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade; examina o inventário de suas paixões vividas noutras épocas, as quais aparecem sob fortes impulsos”.

Prossegue ainda André Luiz:

“A glândula pineal preside os fenómenos nervosos da emotividade, como orgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma e, deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida” (corpo etéreo igual a perispírito).

Nos alerta ainda André Luiz:

“Segregando delicadas energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino. Ligada à mente, através de princípios electromagnéticos do corpo vital, comanda as forças subconscientes sob a determinação directa da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares e, sob sua direcção, efectuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autónomos dos orgãos”.

No campo mediúnico, a epífise impulsiona e intensifica o poder de emissão e recepção, de acordo com a nossa esfera espiritual – Lei da Sintonia.

Podendo concluir que a Mediunidade é um facto da mente e o processo de imanação mental é o caminho mais lógico e directo para o estabelecimento de sintonia com o plano espiritual, seja ele de que categoria for:

  • mente desequilibrada – médium desequilibrado;
  • mente mórbida – médium defeituoso;
  • mente doentia – médium inseguro.

As equivalências poderão variar e se multiplicam até ao infinito.

Como médium e, portanto, colaborador com o mundo espiritual, tem o espírita a obrigação bem como o dever de manter o equilíbrio mental, vivendo seu dia-a-dia em verdadeiro intercâmbio com a espiritualidade maior.

“Guardemos, pois, a saúde mental”.

MAGNETISMO PESSOAL

Desde os primórdios longínquos, perante pesquisas de homens de ciência, conclui-se que haviam corpos com propriedades de atrair outros. Na longínqua e velha Ásia, antes de Cristo, foi encontrado na região de magnésia um mineral que atraía o ferro. Denominado ‘magneto’, daqui surgindo a palavra ‘magnetismo’. Mais recentemente foi classificado como “tetróxido de triferro” (FE3 O4) hoje denominado ‘magnetita’, chamando-se íman ao magneto.

Nota: Recordamos que essa capacidade de “atracção” é observada, também no corpo humano, a ele se chamou “magnetismo animal”. Aqui lembramos alguns pesquisadores do magnetismo animal, como Chardel, Puységur, Du Potet, Bué, L.A. Cahaguet e tantos outros que citam factos, aventam hipóteses, no entanto, cientificamente não chegam a uma conclusão exacta.

“No entanto, Franz Anton Mesmer (1783 – 1815), doutor pela Universidade de Viena, foi o seu mais célebre renovador nos tempos modernos em voga nos fins do século XVIII, ficando o magnetismo animal também conhecido por mesmerismo.

Em França, na primeira metade do século XIX, sumidades médicas e ilustres prelados confirmavam a veracidade dos fenómenos magnéticos, principalmente no que diz respeito a curas psíquicas, a diagnósticos e prescrições terapêuticas fornecidas pelos sonâmbulos, com quem igualmente se observam incontestáveis factos de clarividência ou lucidez, de visão à distância, de visão através de corpos opacos, previsão, etc.

Allan Kardec estudou os métodos de Mesmer aproximadamente em 1823 e nos anos que se seguiram aplicou parte do seu tempo nesta pesquisa teórica e prática do magnetismo aplicado à terapêutica”.

No corpo humano há partes definidas que atraem certas ondas vibratórias, por exemplo a glândula pineal e pituitária (epífise e hipófise) com capacidade de receber ondas de pensamento da própria mente e de outras mentes; a glândula pineal serve “sempre” de intermediária entre o espírito da criatura e o cérebro.

Jesus em sua passagem pela Terra foi a demonstração viva do magnetismo pessoal, na sua expressão divina. Muitos tocavam suas vestes, pois ele emanava irradiação do mais puro Amor.

Lucas, cap.6-19 do seu Evangelho, dá testemunho desse facto, comentando:

“E toda a multidão procurava tocar-lhe porque dele saía uma virtude que os curava a todos”.

A razão primária do magnetismo irradiado por Jesus, fundamentava-se no Amor que dedicava aos seus semelhantes e, também, nos ensinamentos profundos que ministrava através de sua vivência, de conselhos salutares e recomendações valiosas, impulsionando a criatura para Deus. Seu magnetismo fez com que a mulher que sofria de fluxo sanguíneo, há doze anos, julgasse que bastaria tocar em sua túnica, para ficar curada.

Tal magnetismo fez com que o Centurião de Cafarnaum julgasse não ser necessário a presença de Jesus em sua casa para curar seu servo, bastando uma ordenação à distância. Maria Madalena, impressionada com o magnetismo de Jesus, procurou-o, transformando-se em sua assídua servidora.

Allan Kardec, portador de grande magnetismo pessoal, codificou uma doutrina nova em relativo pouco tempo, tornando-se o seu maior divulgador, atraindo atenção de elevados contingentes de pessoas das mais variadas camadas sociais.

Acção Magnética Curadora

  1.  Assim compreendemos que no caso do magnetismo, também é de capital importância a vontade, resultando daí o efeito curativo da acção magnética, quando convenientemente dirigida. A vontade é atributo essencial do espírito, do ser pensante, encarnado ou desencarnado.
  2. Podendo agir sobre a matéria e modificar, dentro de certos limites, as propriedades das coisas pela vontade, o espírito encarnado também pode curar pelo contacto e pela imposição das mãos, faculdades que algumas pessoas possuem num grau elevado.
  3. Enfim, os espíritos ‘manipulam’ a matéria cósmica universal, os fluidos, com o auxílio do pensamento e da vontade, que são para eles, o que a mão é para o Homem.
    “Pelo pensamento, os espíritos imprimem a tais fluidos esta ou aquela direcção; eles os aglomeram, os combinam ou os dispersam; formam com esses materiais, conjuntos que tenham uma aparência, uma forma, uma cor determinada; mudam suas propriedades como um químico altera as propriedades dos gases de outros corpos, combinando-os, segundo determinadas “leis”.
  4. Mais transformações podem resultar de uma intenção ou de um pensamento inconsciente. Para o espírito é bastante pensar em alguma coisa, para que ela se produza.

“Assim como basta modular uma ária para que a música repercuta na atmosfera”.

“É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual, no dizer irretorquível de Allan Kardec”.

BIOENERGIA OU EFLUVIOGRAFIA

Denominação que o casal russo Semion e Valentina Kirlian deram à antiga força magnética e, que permitiu por volta do ano de 1939 fotografar a aura dos seres vivos, também denominado corpo bioplasmático. Passamos a entender que a aura é uma irradiação bioenergética permanente e se encontra à volta do corpo de todo o ser vivo. A crença na realidade da aura, embora invisível, é antiquíssima porque os videntes sempre existiram e sempre a viram.

Na Idade Média, com base no que os videntes viam, admitia-se que o ser humano a tinha na cabeça sob quatro modalidades; a saber:

  1. Nimbo – Espécie de nuvem (espessa, sombria, escura)
  2. Halo – Com bordo interno avermelhado e o externo violáceo.
  3. Auréola – De luminosidade intensa.
  4. Glória – Resplendor, expressão de grande elevação moral.

A aura humana tem vindo a ser investigada ao longo dos tempos, por médicos, cientistas e investigadores psíquicos; e aqui lembramos alguns:

  • Por volta do ano de 1840, o Barão Von Reichenback, químico austríaco, revelou pesquisas que o fizeram verificar a realidade da emanação de energia (que poderia ser chamada aura o od), pelos ímans, pelos cristais e pelos seres humanos. Em 1845 “editou” em Viena “Investigações físicas e fisiológicas sobre a dinâmica do magnetismo, da electricidade, do calor, da luz, da cristalização e dos químicos em suas relações com a força vital” e, em 1855 “edita” “O Homem sensitivo e seu comportamento em relação à aura(od)”.
  • Em 1842, o médico e cientista norte-americano, James Rhodes Buchanan, professor do “Electric Medical Institut” da cidade de Covington, no Estado do Kentucky, ao fazer experiências com estudantes sensitivos(psicometristas) descobriu que havia emanação, pelo corpo humano, através das mãos e condicionada pela mente, duma aura nérvica e que todo o objecto que pegassem, de qualquer época, mesmo a mais remota, poderia ser identificada e interpretada. Tal fenómeno denominou-se de Psicometria.
  • Em 1852, o médico inglês, Benjamin Richardson, proclamou a existência daquela atmosfera nérvica e que se irradiava à volta do corpo humano.
  • Collongues, psiquista francês, inventou o Dinamoscópio, aparelho que se destinava a provar a existência de irradiações pelo corpo humano vivo em contraposição ao fenómeno do estado não vibratório da morte.
  • Em 1872, criou o Bioscópio para provar a existência duma irradiação vital pelo corpo humano.
  • Em 1875, Jules-Bernard Luys, médico e alienista francês, professor de Doenças Mentais, concluiu pela realidade dos eflúvios cerebrais.
  • O Conde Albert de Rochas de 1887 a 1896, publicou em duas obras o resultado de suas pesquisas a que chamou “Exteriorização da sensibilidade e exteriorização da motricidade, pelo corpo do ser humano (1891 – O Fluido dos Magnetizadores; 1895 – A Exteriorização da Motricidade)
  • Baraduc Hyppolite, também médico francês e investigador psíquico, comprovou a realidade das vibrações e da força nervosa do corpo humano, fotografando-as sob a forma de emanações luminosas, detectadas por um aparelho que o próprio inventou a que chamou Biometro, entre os anos de 1890 ,e 1905.
  • Outros tantos se seguiram nestas pesquisas, como René Blondot, físico francês, 1893; Joseph Macwell, médico e matepsiquista francês, de 1895 a 1902; A. Fanny, físico suiço, deu à irradiação em volta do corpo humano o nome de Anthroproeux (do grego anthro – homem e phlus – fluir, emanar), isto é, emanação humana; Naum Kotic, médico russo (neurologista); 1921, Sydney Alrutz, médico sueco, comprovou a realidade da irradiação de fluido magnético pelo ser humano, principalmente através das extermidades digitais.

Semion e Valentina Kirlian, casal de cientistas russos, por volta do ano 1939, idealizaram um aparelho para fotografar a irradiação da energia vital, irradiada pelo ser humano – A Bioenergia – método que depois estendeu aos animais e vegetais, conhecido esse método como Efeito Kirlian. No entanto, só em 1974 foi reconhecido seu invento e autorizada a patente pelo Presidium do Soviete Supremo, que os reconhece como materialistas, no entanto para eles, a bioenergia nunca se extingue.

Até que, em 1957, as investigações tomaram novo rumo e, a bioenergia passou a ser analisada pela “Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro”, que pesquisa os fenómenos paranormais há mais de 50 anos (desde sua fundação, em 1941), e que concluiram:

  1. A Bioenergia é um dado da realidade;
  2. Aquela assegura a vida vegetativa de todos os seres vivos;
  3. Que se expressa no ser humano sob a forma de fluido magnético;
  4. A Bioenergia pode ser transmitida dum ser vivo a outro, através de passes;
  5. A mão esquerda (pólo negativo) transfunde bioenergia, através das extremidades digitais no paciente;
  6. A mão direita (pólo positivo) atrai e, por isso pode retirar do corpo bioenergia espúria, sob a forma de fluidos menos bons;
  7. Ao reencarnar, a bioenergia do espírito, ao contacto das células do corpo humano em formação, nelas assegura a vida vegetativa permanentemente, dando assim, origem ao fluido vital e , ao contacto dos nervos, dá origem ao fluido nervoso;
  8. Nos passes, a bioenergia pura, proveniente tanto do espírito reencarnado quanto do espírito desencarnado, resulta da associação duma com a outra.

Este pequeno resumo sobre as pesquisas que levaram à verificação da aura humana, da transmissão da bioenergia pelas extremidades ou pontas (mãos) cuja fonte é o espírito e que o “Efeito Kirlian” comprovou através de fotografias de vários dedos de médiuns passistas, antes e depois da aplicação de passes, para que se visse a bioenergia a projectar-se, através das extremidades da mão esquerda e refluindo através das extremidades da mão direita.